segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Os cinco segundos mais importantes para preservar nossas emoções

            Eu estava relendo um capítulo do livro Revolucione sua qualidade de vida, do consagrado escritor e médico da mente, Augusto Cury que trata de como são feitos os registros em nossa memória. Segundo ele, os registros de nossa memória nunca mais podem ser apagados depois que o seu registro for consolidado no nosso córtex cerebral. Este processo tem sua razão de ser. Impedindo de apagar registros de nossa memória ao nosso bel prazer, o total de nossas experiências é preservado malgrado alguns registros nos causem dissabores.
            Cinco segundos é o tempo que dispomos para não deixar que uma experiência negativa se fixe permanentemente em nossa memória trazendo consigo todos os sofrimentos e a infelicidade que a acompanham. Nós temos exatamente cinco segundos para parar e fazer uma análise introspectiva antes de reagir. O doutor Augusto Cury nos diz: "pare, pense e proteja sua emoção. Esta técnica neutraliza os estímulos estressantes impedindo que eles nos invadam. Ao fazer esta parada devemos produzir pensamentos inteligentes contra pensamentos negativos e emoções tensas." O autor nos passa o um exemplo. Se alguém nos ofender dizendo que somos tolos, rapidamente devemos produzir idéias seguras no oculto de nossa mente, tais como: “não quero ser escravo de quem me ofendeu. Exijo ser livre e tranqüilo, mesmo ofendido.” Após ter aplicado esta técnica, devemos avaliar as causas do evento refletindo sobre sua origem. Talvez possamos estar errados ou feridos alguém. Se este for o caso é preciso ter a coragem de pedir desculpas.
            Segundo o autor, experiências traumatizantes que estão gravadas em nossas memórias continuam a nos afetar durante nossa vida nos roubando a paz e até a felicidade. Se não podemos “deletar” os registros de nossas experiências, como fazer para não sermos afetados por seu aspecto negativo dos registros que já existem em nossa memória? Cury nos diz que nas experiências traumatizantes já registradas só poderemos editar os registros.
            Reeditar nossas memórias é um grande desafio. Necessita de treinamento. Para reeditar memórias temos que sobrepor novas imagens sobre as antigas. O Dr. Cury ensina a técnica do DCD (duvidar, criticar e determinar). No entanto esta técnica deve ser repetida várias vezes por dia por um prazo de pelo menos seis meses.
               Como é o DCD? 
               Duvide de todo sentimento de incapacidade.
              Critique todo pensamento negativo, toda ideia perturbadora, toda doença psíquica e toda a passividade do eu.
           Determine ser feliz, ter tranqüilidade e serenidade. Não peça. Determine. É uma ordem ao seu interior.
           É trabalhoso? Com certeza é. Mas para nos livrarmos de uma corrente que nos impede de sermos felizes todo trabalho valerá a pena.

               
                Este é um livro que vale a pena ser estudado. Antigamente nos recomendavam contar até dez antes de reagir. Agora vejo que dez pode ser muito tempo. 

                  Existem vários sites que disponibilizam o download em PDF. 
                 

domingo, 27 de abril de 2014

Comparação


“A raiz de todos os nossos problemas é a mente” (Osho)

 
Nossa mente só se torna um problema porque não aprendemos o seu funcionamento. Nosso sistema educacional busca ensinar conhecimentos que nos propiciem alcançar um “lugar ao sol” dentro do contexto social e político. Infelizmente apenas determinados cursos estudam profundamente a mente humana. Disse infelizmente, porque a partir da adolescência começam a aparecer os conflitos internos. Na maioria das vezes tais conflitos seriam minimizados ou até poderiam não existir caso houvesse no curso de nível médio matérias curriculares que abordassem este tema.

O desconhecimento de como os processos mentais acontece nos impossibilita de conduzirmos adequadamente nosso ego. Em consequência passamos a vida defendendo nossa personalidade em detrimento do nosso verdadeiro ser que é interior.

            Desde muito cedo usamos a comparação na busca por conhecimento. Comparamos uma coisa com outra ou uma pessoa com outra e também nos comparamos com os outros. Então, sem percebermos, nos sentimos inferiores ou superiores a outra pessoa e com isso, nosso ego se sente envaidecido ou diminuído. Se tivermos uma fraqueza de caráter, ao sentirmos que outra pessoa está em melhores condições que nós, nos sentimos infelizes. A partir disso ou lutamos honestamente para conquistar uma posição semelhante a da outra pessoa, ou usamos de meios ilícitos para alcançar tal posição ou ainda, podemos permanecer infelizes não tomando nenhuma das decisões acima.

            Creio que todas as três opções são, de alguma forma, negativas. É salutar buscar crescimento pessoal em todas as áreas. O problema reside na comparação. Ao nos compararmos com outra pessoa nos enredamos na teia pegajosa da satisfação ao ego. Não podemos esquecer que nós não somos o ego. A psicologia diz que ego é a personalidade psíquica do indivíduo. Para Carl Jung, a personalidade é aquilo que o indivíduo apresenta aos outros, enquanto geralmente esconde os verdadeiros pensamentos e sentimentos.
             Em Paz e Harmonia.